Antena Ligada para novidades, Flup, Saulo Duarte e +
Bora ficar por dentro do que tem acontecido dentro e fora da universidade?
Oi, gente querida, agradecemos o carinho das várias manifestações que temos recebido desde o lançamento da newsletter da Rádio UFRJ. Muitos comentários e sugestões (como as da Ananda de Matos, da Faculdade de Letras, da Regina Celia Reis Nunes, do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano, e do ex-aluno Matheus Ferreira) têm enfatizado a importância do trabalho de curadoria musical, e nós concordamos em gênero, número e grau.
Quem ouve nossa programação sabe que priorizamos música brasileira, sobretudo aquela sem espaço na grande mídia comercial. Tem espaço pra tudo: MPB, samba, hip hop, pop, rock, afrobeat, eletrônico, ritmos regionais, instrumental, jazz, soul, música latinoamericana (não percam o quadro Latitudes Latinas), música fora do eixo anglófono (ouçam o Volta ao Mundo, também imperdível).
Nossa equipe de curadoria musical é a mais animada. Temos um grupo de 58 pessoas, entre bolsistas, extensionistas e colaboradores eventuais (muitos ex-bolsistas e ex-extensionistas que amam contribuir com esse permanente garimpo de músicas e seguem contribuindo). Nosso acervo está em permanente expansão, e buscamos sempre as novidades mais relevantes do ponto de vista artístico, dos mais diversos gêneros.
E essa gana é que faz a Rádio estar sempre um passo à frente das emissoras convencionais (não é por acaso que Os Garotin, trio de soul/hip hop de São Gonçalo que ficou em primeiro lugar em nosso top 10 de julho, recebeu esta semana três indicações para o Grammy Latino, entre elas a de Revelação do Ano). Temos um trabalho de busca ativa por novidades e também recebemos material de divulgação de artistas e selos fonográficos pelo e-mail fonotecanrtv@forum.ufrj.br.
Para explicitar esse processo, nosso bolsista Davi Maia teve uma ideia genial: criar um quadro exclusivo para mídias sociais, o Antena Ligada, expondo os bastidores da atuação da nossa equipe de curadoria musical. Saiba mais no texto abaixo.
Confira também, nesta edição, a estreia do episódio especial sobre a Flup, o álbum novo do cantor e compositor Saulo Duarte, de Belém, e um debate surpreendente sobre o nome “África”, que chamou a atenção em artigo do The Conversation Brasil. Boa leitura!
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Marcelo Kischinhevsky, diretor da Rádio UFRJ
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Lançamentos do mês, em primeira mão
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No último mês, saiu a primeira edição do Antena Ligada, novo quadro da Rádio UFRJ nas redes sociais! O quadro é mensal, e destaca através de mini-resenhas em vídeo os lançamentos musicais do mês que já chegaram à programação da Rádio. Você pode conferir o conteúdo no nosso Instagram, @radio.ufrj!
A boa notícia nisso tudo é que essa primeira edição, gravada no Teatro de Arena Carvalho Netto, no campus da Praia Vermelha, foi um sucesso! E vem mais por aí — a próxima edição já tem até local confirmado, mas vamos deixar essa surpresa pra hora certa!
No improviso, com um tripé mambembe e uma cadeira de praia, ao melhor estilo carioca, eu, Davi Maia, parti de São Cristóvão rumo à Urca no último final de semana do mês passado, para fazer a captação com o campus vazio. Deu tudo certinho e o dia estava lindo!
A seleção de agosto passou por novidades musicais de Liniker, Amabbi e FBC, Malu Magri e Assucena, Chico Chico e Julia Vargas, e THIFREE, VGNL e Maui, que você confere em nossa programação.
Os artistas curtiram, compartilharam e comentaram, e a nossa galera foi em peso conferir o conteúdo, que ficou bacana demais! Nos vemos de novo em breve!
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Davi Maia, aluno de Jornalismo da ECO e bolsista da equipe de Curadoria Musical da Rádio UFRJ
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Novidades especiais
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Na segunda-feira, 16, a Rádio UFRJ lançou o quadro “Especiais”, com programas avulsos. A estreia não poderia ser mais especial: o “Podcast dos Arautos” abriu esse novo espaço com muita criatividade! Coordenado por Rosa de Oliveira e produzido por usuários do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, junto a servidores e estudantes, o programa traz, na primeira parte, uma entrevista com perguntas instigantes e, na segunda, a leitura de um cordel que conta a história do “Arautos do Mundo”, projeto de extensão da UFRJ.
Já na próxima segunda, 23, às 16h, o quadro “Especiais” vai apresentar o “Podcast FLUP”. No ano passado, a Rádio UFRJ esteve presente na Festa Literária das Periferias, no Morro da Providência, entrevistando personalidades das letras, da música, do cinema e mais. A estudante Ana Cecília Antunes e colegas percorreram a programação da Festa para trazer aos ouvintes entrevistas com Linn da Quebrada, Thaíde, Julio Ludemir e muitos outros.
Se não der pra ouvir ao vivo, você pode conferir o “Podcast FLUP” no site da Rádio UFRJ a qualquer momento ou na sua plataforma de podcast favorita. O “Podcast dos Arautos” já está prontinho para você ouvir quando quiser!
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Liana Monteiro, assistente de Direção e Produção da Rádio UFRJ
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Sons do Norte contemporâneo
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O artista paraense Saulo Duarte lançou, em julho deste ano, seu quinto álbum, “Digital Belém”. A obra celebra a música nortista, combinando ritmos tradicionais como carimbó a fenômenos contemporâneos como brega e lambada, além de influências externas como a cumbia e o samba-reggae, tudo com uma forte pegada eletrônica. As melodias dançantes, acompanhadas de letras voltadas à canção popular, contam com colaborações de Russo Passapusso, cantor do BaianaSystem, de Larissa Luz, de Aldo Sena, de Manoel Cordeiro, de Layse e da cantora franco-senegalesa Anaïs Sylla.
A estética, junto à mistura de ritmos afro-latino-amazônicos, traduz o clima noturno e misterioso de algumas festas da região, inspirada pelos bailes de tecnobrega belenenses das décadas de 80 e 90. O álbum foi feito para transportar o ouvinte por 33 minutos de pura imersão nas emoções desse ambiente. Ouça na programação da Rádio UFRJ as faixas “Arrepiô”, com Russo Passapusso, e “Canção do Povo”.
Saulo, nascido e criado em Belém, vive em São Paulo há 16 anos. Em entrevista à revista Noize, ele descreve o álbum como uma carta de amor e orgulho por sua cultura, além de uma crítica ao preconceito contra a produção artística nortista: “A música feita no Norte foi excluída do termo 'MPB', o que é uma heresia, porque se tem uma música que é popular, é a do Norte." E nada melhor para provar isso do que “Digital Belém”.
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Maria Fernanda Imbelloni, estudante de Jornalismo da Escola de Comunicação e integrante da equipe de curadoria musical da Rádio UFRJ
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O nome “África” é eurocêntrico e racista?
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A dica da semana vai para o artigo do The Conversation Brasil assinado por um filósofo da Universidade de Pretória, da África do Sul, que levanta um debate sobre o nome do continente onde a humanidade se originou. Para o autor, Jonathan O. Chimakonam, que fez a pesquisa com um colega, “África” poderia ser considerada uma palavra preconceituosa, uma “injúria racial”. De fato, a origem do nome é o grego aphrike, que significa “sem frio”. Depois, os romanos passaram a se referir à região norte do continente utilizando a expressão aprica, que em latim significa “ensolarado”. A partir das grandes navegações, no século XV, os europeus estenderam a denominação a todo o continente, desconsiderando sua enorme diversidade de climas e culturas (e, claro, todos os nomes que os povos originários de lá usavam historicamente).
O artigo foi replicado em diversos veículos de comunicação e suscitou debates acalorados, inclusive com muitos comentários de cunho racista, o que expõe a relevância do tema. Ainda mais, considerando que a discussão foi iniciada por pesquisadores negros, que chegam a sugerir um novo nome para o continente). Aliás, pra quem não conhece, o The Conversation Brasil é um portal fantástico, dedicado à divulgação científica de todas as áreas do conhecimento. A iniciativa, de acesso gratuito, nasceu nos EUA e sua versão brasileira acaba de completar um ano, reunindo um timaço de jornalistas dedicados à ciência, como Cesar Baima, Daniel Stycer e Paulo Mussoi, que fazem a curadoria dos artigos enviados e traduzem textos já publicados em inglês na matriz (como o de Chimakonam). Para colaborar com eles, basta se cadastrar e enviar sua contribuição!
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